sexta-feira, 21 de maio de 2010

19/05/2010 – Somos esse açougueiro




Diário de bordo ‘Embaixo da Castanhola’ – Madson Ney

Hoje foi o dia! Foi o dia do 'pega pra capar'. Antônio Marcos colocou os meninos para cansar um pouco com exercícios físicos (eles têm muita energia acumulada). Depois pediu para cada um contar uma estória. Logo após dividiu os meninos em dois grupos em que cada um deveria escolher uma estória par ser encenada. Não saiu muita coisa boa. O nosso maior objetivo nesse exercício era mostrá-los os erros e os fazê-los melhorar. Sempre fazemos observações no fim das atividades. E o único objetivo é ensiná-los os atalhos da atuação que nós adquirimos na nossa pouca, mas proveitosa experiência no teatro.

Muitas vezes fica chato parar tanto para fazer observações. Porem, vi uma pequena evolução depois de algumas observações e repetições.

Batemos muito na tecla da verdade da cena. Eles, e qualquer ator no mundo, devem acreditar no que estão fazendo. Se forem, na cena, abrir uma porta imaginária, devem sentir a textura da maçaneta, o peso da porta, ver e sentir de que a porta é feita, e tudo que envolva uma porta “de verdade”. Não só quando se trata de atuar com algo imaginário. É em TUDO. Se fizermos um açougueiro, teremos que agir como um açougueiro: o peso da carne que carrega todos os dias influencia na sua postura; o tratar com os clientes muda, nem que seja um pouco, o seu modo de lidar com outras pessoas; o seu cheiro durante o trabalho altera a sua aproximação com outros, mesmo em outras ocasiões. É nisso que devemos acreditar que somos esse açougueiro com essas circunstâncias e não ter receio de vivê-lo. Se tem algo que eu possa dizer que conforte alguém eu digo: Estamos em cena. Não somos nós. Só nossos sentimentos.

Um comentário:

  1. VALEU ANTONIO MARCOS PELAS AULAS SUPER LEGAIS QUE VC ESTA NOS DANDO ESTOU GOSTANDO MUITO DAS OFICINAS DE TEATRO E SEI QUE COM VC POSSO MIM TORNAR UM GRANDE ATOR

    PONTO DE CULTURA BAIXINHA BERÇO DAS ARTES
    O PESSOAL DO TARARA

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